A Advocacia Corporativa, suas exigências e demandas

Primeiramente é importante conceituar Advocacia Corporativa e BPO, para seguirmos em bases claras e, com isso, podermos transmitir aquilo que pretendemos informar neste breve texto.

A Advocacia Corporativa é aquela desenvolvida dentro dos departamentos jurídicos das empresas. Esta vem ganhando já há algum tempo grande destaque dentro dos organogramas das corporações. Essencialmente, trata-se de advocacia com foco na prevenção, gestão de escritórios terceiros e, acima de tudo, busca alinhar o departamento jurídico à estratégia corporativa das empresas.

Veja que não se trata de “cuidar” de processos judiciais ou fiscalizar terceiros. A Advocacia Corporativa deve superar aquele papel de gestor de problemas e voltar o foco a três aspectos: o legal, o gerencial e econômico.

O pilar legal é aquele que fornece ao gestor os limites legais e alternativas para boas decisões. Para que estas sejam boas decisões, é importante que se tenha uma visão gerencial do passivo judicial da empresa, por exemplo, identificar agressores recorrentes, para que a operação seja corrigida e, por fim, o aspecto econômico é o resultado e concatenação dos demais aspectos, pois tais visão, análises e medidas objetivarão minimizar impactos econômicos, ou seja, trazer resultados ou mitigar impactos negativos sobre esses resultados.

Não podemos deixar de mencionar a capacidade mais atual da gestão jurídica de uma empresa lhe ser diferencial competitivo, pois, atualmente, compliance e suas regras claras e transparentes, diferenciam a empresa no mercado e tem sido elemento de decisão de compra de bons clientes, sobretudo, aqueles maiores e que, igualmente, valorizam e compartilham destes mesmos valores de idoneidade e responsabilidade corporativa. 

Diante destas breves considerações, é inegável o importante papel que a Advocacia Corporativa tem para toda e qualquer empresa. Entretanto, resta do mesmo modo evidente que um departamento jurídico interno envolve a contratação de pessoas qualificadas e demais infraestrutura, o que, por via de consequência, exige um investimento bastante considerável.

E é exatamente sobre este aspecto que pensar em BPO pode ser interessante para empresas que compartilham os valores de um departamento jurídico que gere resultado, estruture boas decisões e possa ser um diferencial competitivo.

Assim, BPO ou Business Process Outsourcing é a terceirização de determinado processo de negócio e, portanto, BPO Jurídico é a terceirização do departamento jurídico de determinada corporação. 

Esta possibilidade traz, por um lado, a possibilidade de ter acesso a profissionais qualificados e especializados e, por outro, minimizar o investimento por meio de um contrato de prestação de serviços. 

Basta entender melhor a dinâmica do BPO Jurídico, ajustar o nível de serviço com o prestador e se voltar a estruturar suas decisão com base em análises jurídicas preventivas, com enfoque legal, gerencial e econômico. Trata-se de um processo de terceirização importante e que pode ser extremamente proveitoso para empresas de qualquer porte.

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